O Gutenberg chegou. Saiba o que muda no WordPress

Gutenberg, ou o novo editor do WordPress chegou a todos com a versão 5.0. Saiba o que muda e porque foram feitas as alterações – e quais cuidados tomar.

Este post foi atualizado pela última vez há mais de 3 meses.

O Gutenberg vem chegando ao WordPress para facilitar o uso do sistema. E, cá entre nós, é verdade. O WordPress não é assim tão fácil de usar. Cá entre nós, nenhum CMS é. Com 30% do mercado, o sistema vai receber, nos próximos dias, o que promete ser a sua maior atualização: o Gutenberg.

Neste primeiro momento aqui na PortoFácil tomamos a decisão de suspender a atualização automática E recomendar a todos os clientes que usem o Classic Editor (que agora é um plugin) para evitar problemas com seus temas.

Fato conhecido, desde já, é que o Gutenberg, um novo jeito de usar o WordPress, em blocos, reconhecidamente tem problemas com shortcodes e custom post types. Como muitos desenvolvedores usaram esses recursos, a nossa recomendação é: INSTALE O CLASSIC EDITOR.

Isso posto, vamos ao que interessa: Gutenberg.

Gutenberg: um novo jeito de usar o WordPress

Para quem não prestou atenção, a comunidade WordPress está trabalhando no Gutenberg desde janeiro de 2017. Uma das mais profundas mudanças no CMS, o Gutenberg foi construído em torno da ideia de usar blocos não só para escrever e planejar posts e páginas, mas também os sites em si.

Lançado como plugin e testado por mais de um milhão de sites, agora o editor chega incorporado à versão 5.0 do WordPress, que também traz o novo tema, o Twenty Nineteen.

O objetivo é simplificar a experiência do usuário, tornando mais fácil escrever, editar, publicar e desenhar páginas. A experiência de edição tende a ficar mais simples, bem como a visualização de posts.

É um jeito de enfrentar sistemas como o Medium? Sim, é. Segundo o líder de projeto, Matias Ventura, o Gutenberg é “uma tentativa de melhorar como os usuários produzem seu conteúdo de uma forma totalmente visual, dando ao mesmo tempo aos desenvolvedores ferramentas para criar experiências mais completas para os seus clientes”. Para o criador do WordPress, Matt Mullenwegg, o sistema precisa evoluir para melhorar e simplificar sua UX para os usuários de primeira viagem.

Por que Gutenberg? Por que agora?

A mudança no editor faz um tanto de sentido. O editor clássico foi criado para produção de texto e hoje o conteúdo é, cada vez mais multimídia. Todo mundo usa vídeos, formulários, vídeos e GIFs o tempo todo, certo? Com o Gutenberg aparentemente isso fica mais fácil.

Mais que isso, os blocos teoricamente deixarão mais fácil para o usuário lidar com menus, cabeçalhos e rodapés sem ter que entender onde cada um dos elementos está escondido no WordPress – e a gente sabe bem como eles escondem bem algumas funções na interface.

Mullenweg entrou forte na divulgação da novidade – e trabalha pela adesão da comunidade. Porque a novidade, quem diria, não agradou a gregos e troianos. De desenvolvedores a usuários, há resistência.

Mas o Gutenberg aparentemente promete a mesma disrupção – odeio essa palavra, mas é esse o processo, romper com a evolução e dar novo sentido ao crescimento. A questão é que para manter a liderança do mercado, o WordPress precisa mudar profundamente. E parece que é esse o sentido do Gutenberg.

Além da estética, a novidade dos blocos, explicou Matt em um de seus posts, aposta em tecnologias mais jovens e vigorosas que o velho PHP, pronta para ser usada com API’s e outros detalhes.

E, para uso de conteúdo: com o Gutenberg dizem os desenvolvedores  que fica mais fácil produzir newsletters, publicar em AMP, no seu feed e outras muitas ações que às vezes o editor não faz – ou usa outro serviço.

Além de enfrentar os Wix, Squarespaces e Medium da vida, a novidade terá, a médio prazo, as seguintes vantagens:

  • para desenvolvedores e agências, ficará mais fácil criar templates interativos e fáceis de atualizar sem “quebrar” ou lidar com os custom types. Você personaliza um “bloco” e coloca onde quiser. Eles substituirão as meta boxes e permitirão atualizar código e trabalhos de um jeito mais simples, rápido e fácil.
  • para os criadores de plugins, eles poderão ser integrados em qualquer lugar, sem necessidade de mexer em TinyMCE ou espremer a função em um botão na barra de ferramentas. Os blocos do Gutenberg permitem um jeito fácil de usar para uma gama de extensões e vão facilitar a vida.
  • para os designers de temas, não será mais necessário acoplar plug-ins ou criar tutoriais e vídeos longos para explicar como funciona. Eles serão intercambiáveis, o usuário pode escolher o que quiser e usar.
  • para os desenvolvedores do core, vai ser mais fácil usar as novas tecnologias.
  • para servidores, as taxas de contratação devem aumentar, já que o WordPress vai ficar mais fácil de usar e tende a democratizar a publicação ainda mais. E menos usuários abandonarão os sites porque é muito difícil construir como imagina.
  • os usuários finalmente terão uma ferramenta à altura de suas imaginações. Inclusive no mobile. Nunca mais um shortcode. A possibilidade de copiar e colar textos direto do Word – ou outro processador. Eles vão aprender como os blocos funcionam e então entenderão como os plug-ins funcionam.

Que as promessas se cumpram, não é mesmo?

O nosso conselho por enquanto: use uma instalação do tema padrão para testar, porque sites com shortcodes – ContactForm7, por exemplo – quebram.

Você pode acompanhar mais detalhes sobre o Gutenberg nos links abaixo:

Para quem entende inglês, tem uma palestra ótima do @mor10 no WordCamp US de 2017.

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