Quantos acessos simultâneos um servidor dedicado ou VPS aguenta?

Quantos acessos simultâneos um servidor dedicado ou VPS aguenta? A resposta mais honesta para esta pergunta é: depende.

Sabemos que uma resposta mais objetiva, ou pelo menos mais fácil de quantificar do que “depende” seria muito mais satisfatória. Mas teríamos de abrir mão da honestidade e inventar alguma fórmula absurda, o que acabaria resultando em frustração.

Acontece que há diversas variáveis envolvidas, muitas fora do controle da hospedagem ou do programador. Por exemplo, particularidades da visitação ou dos visitantes. Ou até mesmo eventos sazonais como algum hype repentino ou esperado. E, principalmente, há diferenças de software e de hardware que afetam diretamente a capacidade da máquina.

Sendo assim, e com o intuito de não complicar demais, vamos deixar de falar destes fatores externos e sobre os quais pouco ou nenhum controle temos. Portanto, vamos dar mais atenção àquilo que podemos efetivamente fazer para melhorar o desempenho de um servidor.

Vamos tomar como parâmetro, daqui ao fim do texto, sites construídos utilizando o WordPress.

1. Caches no servidor

Vamos direto ao ponto… Um site precisa de caches agressivos para ter um bom desempenho. Fato! Quanto mais “forte” o cache e quanto maior sua duração, melhor será o desempenho do site. E ainda: menores serão seus tempos de carga, mais o Googlebot vai gostar dele e mais gente poderá acessar o site ao mesmo tempo. Sem degradação de desempenho.

No momento da edição deste post, o REDIS ainda é o mecanismo de cache preferido na PortoFácil. Mas as tendências indicam que em breve passaremos a recomendar caches em HTML estático por causa de seu desempenho superior.

Então, em resumo: quanto mais eficientes os seus caches, mais visitantes um site poderá receber no mesmo servidor.

Leia: 8 Verdades Inconvenientes Sobre Velocidade de Sites.

2. Resistência a ataques no servidor

Outro ponto importantíssimo para que um servidor aguente muitas visitas é a resistência a ataques.

Graças à imensa e sempre crescente popularidade do WordPress como sistema de gerenciamento de conteúdo, é natural que muita gente dedique tempo e recursos para estudar eventuais falhas inerentes ao sistema. Contudo, essas falhas são muito raras, devido ao rigor e à disciplina dos programadores e demais profissionais envolvidos no desenvolvimento da plataforma. Contudo, temos que ficar atentos nos problemas de segurança de plugins e temas. Estes sim, muito mais sujeitos a falhas.

Sendo assim, as duas principais recomendações de segurança para o WordPress, que por sinal impactam diretamente na capacidade de o servidor absorver um alto volume de requisições, são:

• Renomear o wp-login.php e bloquear o seu acesso direto. Leia: “Como e por que renomear o wp-login.php”;
• Bloquear a execução de scripts diretos em wp-content. O que já é padrão na PortoFácil, leia: “Plugins vulneráveis WordPress.org”.

É claro que há outras medidas de segurança que devem sempre ser tomadas em conta, mas estas são as principais.

3. Qualidade do código dos plugins e tema

De nada adianta a pessoa configurar caches agressivos se, quando os caches não puderem ser usados, o blog estiver pesado e lento por conta de código mal feito.

É muito difícil, até mesmo para especialistas, identificar código mal feito só “passando o olho”. Mas algumas sugestões são pertinentes:

• Evite temas “de prateleira”. Do tipo que tenta atender todos os públicos de uma vez só. Isso porque provavelmente temas muito complexos e/ou com muitas funcionalidades, terão códigos que para uns poucos casos é útil, mas para a maioria é inútil.
• Quanto mais complexos os “paineis” de configuração do tema, maior a tendência deles serem ruins.
• Plugins que exijam chamadas AJAX para funcionar. Tanto no frontend (o site publicado) quanto no backend (o painel do WP). Eles também são prováveis suspeitos de afetar negativamente o desempenho de um servidor.

4. Hardware e rede

O hardware, que até pouco tempo era crucial para que um servidor pudesse atender a um grande volume de requisições, hoje tem um caráter secundário. A eficiência dos softwares mais recentes em extrair o máximo desempenho de cada bit de processamento chegou a um nível extremo. E essa tendência é de melhorar ainda mais.

Na PortoFácil fazemos questão de utilizar sempre a última versão de cada componente de servidor. Assim o investimento em hardware é aproveitado de forma otimizada.

Exemplos e estudos de caso

Infelizmente não podemos revelar endereços de sites ou quaisquer dados de visitação de nossos clientes, por uma questão ética e moral.

Entretanto, sem identificar sites e clients, podemos falar de um caso extremo: um cliente que gasta acima de R$ 800,00 mensais com um servidor que mal aguenta uma centena de visitantes simultâneos. A despeito de nossas orientações, ele insiste em manter um site pesado, lento e cheio de funcionalidades duvidosas. Trocando em miúdos, que demanda um servidor de alto custo para funcionar de maneira deficiente.

Porém, ao mesmo tempo, temos vários casos de clientes que têm os VPSs mais modestos e cujos sites aguentam tráfego da ordem de 5.000 a 7.000 usuários simultâneos, sem o menor sinal de problema.

É provável que haja mais casos de alto desempenho, mas o número que conseguimos registrar recentemente foi um site hospedado no VPS mais simples de todos. Este site registrou a marca de 19.993 usuários simultâneos! E sem nenhum tipo de lag ou qualquer outro tipo de lentidão.

Considerações finais sobre acessos simultâneos a um servidor web

É impossível de prever quantos visitantes simultâneos um servidor vai aguentar devido à infinidade de variáveis que levam a esta métrica. Contudo, os principais aspectos relativos ao desempenho de um servidor dedicado ou VPS, hoje em dia, dizem respeito a software e à eficiência dos mecanismos de cache em uso.

Nosso suporte está sempre ao seu dispor para fazer seu site ficar tão rápido quanto possível, de forma a possibilitar que ninguém precise investir em estrutura maior do que a realmente necessária para cada caso.